LOGÍSTICA
Frete marítimo dispara e afeta competitividade global
03/07/2025 11:30:00

O frete marítimo é um componente crucial da logística mundial, sendo o principal meio de transporte para a maioria das mercadorias comercializadas internacionalmente.
Atualmente, cerca de 90% do comércio global é realizado por via marítima.
Esse modal é preferido por sua capacidade de movimentar grandes volumes a longas distâncias, oferecendo uma boa relação custo-benefício.
No modelo FOB (Free on Board), o vendedor entrega a mercadoria no ponto de embarque (porto) e, a partir desse momento, o comprador assume todos os custos e riscos do transporte até o destino final (incluindo do Frete Marítimo).
No entanto, o custo do frete marítimo tem registrado aumentos expressivos, com variações significativas em virtude de uma série de intercorrências geopolíticas, climáticas e sanitárias, que culminam em congestionamentos, atrasos, escassez de contêineres e grande volatilidade demanda global.
Desde abril, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs o aumento de tarifas de importação — desencadeando uma guerra comercial, especialmente contra a China —, o frete marítimo inicialmente despencou e, após a trégua de 90 dias, disparou, afetando cadeias logísticas em todo o mundo.
Na rota Ásia–Brasil, os preços saltaram de US$ 950 por contêiner importado em abril para mais de US$ 5 mil neste em junho, quase seis vezes mais.
Leandro Carelli Barreto, consultor e sócio da Solve Shipping Intelligence Specialists, e um dos participantes da edição deste ano da Logistique Summit, evento que acontecerá de 12 a 14 de agosto, no Expocentro BC, em Balneário Camboriú (SC), onde abordará o tema “Fretes mais altos e serviços piores: por quê e até quando?”, diz:
“A logística tem papel cada vez mais decisivo na viabilidade econômica e na competitividade não apenas de empresas, mas de setores e países”.
"Com tamanha volatilidade, os fretes marítimos têm se tornado elementos centrais nas decisões logísticas e no gerenciamento de risco do comércio exterior”.
Outro ponto destacado pelo especialista é o alto custo logístico no Brasil, que impacta toda a cadeia de comércio exterior:
“Um estudo do Instituto ILOS, referência em Logística e Supply Chain no Brasil e na América Latina, mostra que o custo logístico brasileiro gira em torno de 13% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos Estados Unidos esse índice é de cerca de 8%”.
"Isso interfere diretamente na competitividade. A melhor receita para reduzir custos logísticos é: planejamento e investimento”.
A Logistique 2025 reunirá mais de 15 mil empresários, executivos e especialistas em busca de soluções e respostas aos desafios mais urgentes do setor: eficiência, sustentabilidade e inteligência operacional em toda a cadeia de suprimentos. Segundo Leandro Carelli Barreto, a Logistique contribui significativamente para o setor ao reunir profissionais de diferentes elos da cadeia logística para debater os problemas e buscar soluções que melhorem a competitividade nacional, ainda comprometida pela falta de capacidade do sistema portuário brasileiro:
“O evento promove a troca de informações e ideias entre os principais atores do comércio exterior brasileiro”.
"Em um cenário de gargalos logísticos, baixa capacidade portuária e volatilidade dos fretes, essa troca se torna ainda mais necessária”.
Além de abordar os custos globais dos fretes marítimos em sua participação no Logistique Summit, Leandro Barreto destaca a presença da Solve Shipping Intelligence Specialists na feira com diversas novidades:
“Teremos um painel sobre a evolução dos fretes e a alta volatilidade do mercado”.
"Em nosso estande, apresentaremos novos produtos, como nossas APIs, a plataforma de cabotagem, soluções para a costa oeste da América do Sul, além da plataforma de dados Shipping Intelligence, que mapeia níveis de serviço e utilização dos navios e terminais brasileiros”.
Para o CEO da Logistique, Leonardo Rinaldi, discutir os custos logísticos no Brasil e a instabilidade do mercado de navegação é fundamental para o futuro do comércio exterior:
“Essa é uma pauta de extrema importância. Se o mercado não estiver estrategicamente posicionado, pode haver um impacto significativo no posicionamento do país no cenário internacional”.
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