TECNOLOGIA

Mulheres são as mais afetadas com as demissões em TI

20/03/2023 16:00:00

Mulheres são as mais afetadas com as demissões em TI

As mulheres são as principais afetadas com os cortes de vagas nas áreas de TI e tecnologia, principalmente desta onda que iniciou no ano passado. 

Várias pesquisas apontam que quase 50% dos demitidos são do gênero feminino, o que é muito a se considerar em uma área predominantemente masculina.

Uma pesquisa da Deloitte, de 2022, revela que as mulheres representam menos de um terço dos trabalhadores na indústria de tecnologia. 

Dados do portal Layoffs.FYI, que rastreia as demissões em todo o mundo, apontam que cerca de 45% das pessoas que perderam o emprego, eram do sexo feminino. 

E um estudo do Revelio Labs, utilizando informações também do Layoffs.FYI, constatou que, das demissões, entre setembro e dezembro de 2022, 47% eram de mulheres.  

Outra pesquisa apontou que as mulheres em tecnologia têm 65% mais chances do que os homens de perder seus empregos. 

O estudo é da Eightfold e liderado por Sania Khan.

Para chegar a este número, a pesquisa utilizou dados como a porcentagem de mulheres em diferentes cargos em 2021 no setor e os tipos de cargos afetados pelos cortes.

Em dezembro do ano passado, foi anunciado que o Twitter seria processado nos Estados Unidos. 

Entre as queixas, estaria também a de discriminação sexual. 

Duas ex-funcionárias acusaram a empresa de demitir principalmente mulheres, visto que dos despedidos 57% eram do sexo feminino.

COMO SE RECOLOCAR NO MERCADO?

A especialista internacional em gerenciamento da marca pessoal Daniela Viek, que tem 19 anos de carreira e é sócia-fundadora da catarinense YOUBRAND.Company, dá algumas orientações para ajudar a recolocação no mercado de trabalho, ou ainda, quem aproveita este momento para migrar para o empreendedorismo. 

Daniela atua com clientes e alunos dos EUA ao Japão com Personal Branding.

Segundo ela, marca pessoal é algo que todo indivíduo possui, independente de nicho de atuação, tempo de mercado ou fase de carreira, o que cada profissional precisa é aprender a geri-la em prol de seus objetivos.

Mesmo que a pessoa saia de uma grande empresa, o que acontece muitas vezes é ficar com o "sobrenome-empresa" mais forte do que sua própria marca pessoal.

E isso é importante para a próxima etapa da carreira, seja no mesmo mercado ou em uma transição. 

O profissional precisa aprender a ampliar sua empregabilidade e não pensar em sua imagem ou networking só quando precisa.

Uma medida que é bastante eficaz, segundo a especialista, é anunciar a saída de uma empresa nas redes sociais. 

Isto é uma forma de compartilhar as conquistas na carreira e as qualificações. 

Também pode ser uma carta aos seus futuros empregadores, e mostra que você sabe trabalhar em equipe e agora está disponível. 

E nunca fale mal na internet (nem fora dela) de seu antigo empregador, nem de colegas ou clientes.

O Personal Branding tem ajudado profissionais de diversos segmentos pelo mundo a se posicionarem adequadamente dentro e fora de suas organizações. 

O objetivo é obter mais resultados para suas carreiras e para os negócios das empresas em que trabalham. 

A consultora comenta:

“O Personal Branding gera mais visibilidade assertiva para o profissional e concentra-se em trabalhar a proposta de valor de um profissional perante seus públicos, então as possibilidades aumentam muito para quem dá atenção à sua marca pessoal no que tange gerar valor, ser conhecido e reconhecido por determinados atributos, ser desejado pelo mercado".

“Trata-se de uma competência que todo e qualquer profissional pode e precisa desenvolver e trará vantagens para toda a sua vida profissional, não apenas em momentos específicos de sua carreira”. 

“Por exemplo, quando está procurando um emprego, quando deseja ser promovido, abriu o seu negócio ou está realizando uma transição de carreira, ou mesmo, de cultura, buscando oportunidades em outros países”.