EXPORTAÇÕES

Exportações catarinenses crescem 15,7% em setembro

08/10/2024 10:00:00

Exportações catarinenses crescem 15,7% em setembro

As vendas externas de Santa Catarina em setembro registraram um aumento de 15,7% em comparação com igual período do ano anterior. 

O resultado ameniza, em parte, o cenário de desaceleração das vendas externas no acumulado do ano até setembro, quando totalizaram US$ 8,56 bilhões, uma queda de 3,3% frente ao mesmo período de 2023.

O valor do kg de carnes de aves exportado, por exemplo, registrou queda de 9,4% no ano. 

O impacto na balança comercial do Estado foi significativo, porque esse produto é responsável por 16,3% das exportações totais de SC.

No ano, o recuo das vendas externas de carnes de aves foi de 6,4%. 

As exportações de soja também registraram queda no acumulado do ano (-19,3%), com recuo de 15,1% no preço médio no ano.

O economista da FIESC, Marcelo de Albuquerque, avalia que entre os fatores que explicam essa queda nos preços internacionais está a desaceleração da economia chinesa, um dos principais países compradores de commodities. 

Segundo ele, o país está passando por dificuldades econômicas em função da crise imobiliária, amplificando o processo de desaceleração ocorrida nos últimos anos.

Na contramão das commodities, as exportações de equipamentos elétricos apresentaram alta de 28,3% no ano até setembro, favorecidas por um mercado aquecido nos Estados Unidos. 

O mesmo motivo explica o aumento de vendas externas de produtos de madeira, como madeira serrada (1,2%), obras de carpintaria (8%) e madeira compensada, com alta de 15,1%.  

IMPORTAÇÕES 

As importações de SC aumentaram 16,15% no acumulado do ano, para US$ 24,8 bilhões. 

Os produtos que lideraram a pauta de importação de janeiro a setembro foram cobre, automóveis e pneus. 

Levando-se em conta apenas o mês de setembro, o cobre segue como o principal produto de importação, seguido de autopeças e fertilizantes.

PAÍSES 

Os Estados Unidos seguem como principal destino das exportações de SC, e no ano as vendas cresceram 3%, para US$ 1,3 bilhão. 

O segundo país no ranking é a China, com recuo de 29% de janeiro a setembro. 

As exportações para o México cresceram 9% no período, e o país foi o terceiro principal comprador de produtos catarinenses.

Para minimizar o impacto da redução das importações da China, o setor de alimentos e bebidas está ampliando relações comerciais com outros países.

Do lado das importações, a China segue liderando, com 23% de aumento no ano, para US$ 10,6 bilhões de janeiro a setembro de 2024. 

Os Estados Unidos são responsáveis pela segunda colocação entre os maiores fornecedores para o estado, com vendas de US$ 1,7 bilhão no ano, incremento de 8% frente a igual período de 2023. 

O Chile está na terceira posição, com US$ 1,6 bilhão em vendas a SC, um incremento de 25%. 

Esse incremento chileno pode ser explicado pelo aumento da demanda por cobre, usado na fabricação de equipamentos elétricos, por exemplo.

O economista Marcelo de Albuquerque, da Federação das Indústrias de SC (FIESC), analisa:

“O recuo no ano reflete um cenário de desinflação global, afetando, por exemplo, os preços médios de commodities como a soja e também produtos como carnes de aves e suínos - principais itens da pauta exportadora de Santa Catarina”.

“As Filipinas se tornaram o maior comprador de carne suína de Santa Catarina em 2024, importando US$ 287 milhões". 

"Isso representa um crescimento de 40,7% no acumulado do ano, quando comparado ao igual período do ano anterior". 

“Destaque também para o Japão, que passou para a segunda colocação como maior comprador do produto, importando US$ 215 milhões”. 

"A China ocupa a terceira posição, com US$ 188 milhões, registrando queda de 53,1% no mesmo período de análise”.