ARTIGO

Digitalizar setor têxtil será crucial para resultados de 2022

14/12/2021 16:00:00

Artigo por Fábio Kreutzfeld, CEO da Delta Máquinas

Digitalizar setor têxtil será crucial para resultados de 2022

Por Fábio Kreutzfeld

CEO da Delta Máquinas, empresa de Pomerode referência em tecnologia para otimização da produção industrial têxtil através do desenvolvimento de máquinas, equipamentos e softwares

 

A inconstância econômica global não deixa de ser um fator de preocupação para o empresário brasileiro, incluindo o do setor têxtil. 

No próximo ano, a perspectiva ainda é de incertezas, visto que enfrentaremos um ano de busca pela retomada em meio a uma crise sanitária ainda não controlada totalmente e um cenário político nacional volátil. 

No entanto, para o mercado brasileiro têxtil, um dos mais significativos para o PIB do país, o momento deve ser de preparo para o fortalecimento internacional.

Impulsionar resultados positivos vai além de aproveitar a recuperação gradativa do mercado. 

Neste momento, quando muitas empresas do setor têxtil voltam a crescer e se beneficiam, inclusive, das exportações impulsionadas pela alta do dólar, é fundamental que o empresariado têxtil foque seus investimentos em inovação para levar a nossa indústria à competitividade junto aos gigantes mundiais.

Inovações que garantam mais produtividade e qualidade serão cada vez mais importantes para o crescimento do segmento, que segundo a Abit já representa uma receita anual de R$ 204,1 bilhões.

Neste contexto, é fundamental voltar o olhar para soluções relacionadas à Indústria 4.0, que proporcionem o ganho no aproveitamento de insumos e na redução de custos com infraestrutura e abastecimento dos parques fabris.

A agilidade será, acima de tudo, uma característica fundamental para que os negócios sejam referência e conquistem mais espaço no segmento industrial da moda. 

Outro fator apontado entre as macrotendências para o próximo ano é o olhar mais crítico do consumidor frente às iniciativas sustentáveis, o que exigirá dos negócios maior controle de seus parques fabris no sentido de reduzir o desperdício sem afetar a qualidade produtiva.

A inovação precisa ser sentida também na ponta final da cadeia, quando o consumidor se sente ouvido e tem suas necessidades atendidas. 

Cresce, por exemplo, o conceito de customização em massa, quando a indústria têxtil utiliza dados relacionados às preferências de consumo do seu público para otimizar a produção entregando peças com modelagens mais aderentes ou mais resistentes. 

Tudo isso com o apoio de soluções tecnológicas desenvolvidas de acordo com a rotina produtiva têxtil. 

Para 2022 devemos ainda enfrentar um cenário volátil e de crescimento abaixo do esperado, mas com os investimentos certeiros de inovação e digitalização, o mercado brasileiro de moda poderá retomar sua competitividade e crescimento. 

Cabe ao empresariado voltar seu olhar para as opções de automação já consolidadas e que estejam alinhadas com o seu modo de produzir.