A Rota do Imigrante, trajeto turístico que conta a história da imigração dos pomeranos para o Brasil, se modernizou. 

Seus associados melhoraram seus processos e passaram por treinamento e capacitação para aprimorar o atendimento aos visitantes e ampliar o fluxo do turismo na Rota, que fica em Pomerode.

Esse desenvolvimento foi possível devido a parceria entre a Viacredi, cooperativa do Sistema Ailos, Senac de Santa Catarina, Idealizei, responsável pela consultoria e cursos, e a Associação da Rota do Imigrante que congrega todos os produtores e empreendedores estabelecidos ao longo do trajeto de quase 10 km. 

Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira (30), na Pousada Edelweiss, com a presença de todos os participantes.

ROTA DO IMIGRANTE 

Com cinco anos de existência, a Rota do Imigrante começa na divisa dos municípios de Blumenau e Pomerode.

Conta a história da chegada dos primeiros imigrantes da então Pomerânia, região histórica que ficava entre o norte da Polônia e o sul da Alemanha.

Os primeiros moradores se estabeleceram nas localidades de Testo Central, Ribeirão Souto e Ribeirão Luebke, num percurso onde hoje estão instaladas propriedades rurais que vendem produtos coloniais e caseiros, preparados pela própria comunidade, até mesmo produtos têxteis e industrializados, de marcas que tem tradição com a história da região como a Karsten.

A iniciativa de criar a Rota partiu da empresária Cátia Manske, quando em 2016 instalou a Pousada Edelweiss na região e percebeu que os visitantes chegavam ao local em busca de hospedagem, curiosos com as histórias do lugar e dos seus moradores. 

A empresária comenta:

“Vimos uma oportunidade de incrementar a rota turística e com a ajuda dos empresários próximos e proprietários das áreas do entorno criamos um roteiro turístico que foi sendo incrementado aos poucos”.

Cátia Manske afirma que a parceria da Viacredi e do Senac SC foi essencial para organizar os empresários e trilhar os próximos passos:

“Passamos por diversos desafios, durante o período embrionário da Rota, em especial a pandemia, e teria sido muito difícil retomar e motivar os associados a seguirem com o projeto, se não tivéssemos as orientações e capacitações das instituições. O apoio que a Rota recebeu foi essencial”.

O diretor-executivo da Cooperativa, Vanildo Leoni, afirmou:

“Capacitar os empreendedores é uma forma de estimular o desenvolvimento econômico da região, apoiar novos negócios e atrair compradores e visitantes, potencializando o turismo local". 

"Esse círculo virtuoso faz parte do modelo de negócio da Viacredi, que só se fortalece ao estar perto do negócio e dos seus cooperados”.

Para o presidente da Associação da Rota do Imigrante, Genemir Raduenz, a parceria foi muito bem-vinda porque cumpriu o propósito de fomentar o turismo por meio do desenvolvimento econômico e social:

“Queremos melhorar o entorno de onde vivemos para estimular o turismo e ao mesmo tempo resgatar a história e a cultura dos imigrantes pomeranos, que é o nosso maior legado. Afinal, Pomerode nasceu nesta rota”.

A consultora Tatiana Krieger, analista do Eixo Gestão e Negócios da Faculdade Senac Blumenau e Timbó, acredita que iniciativas como essa beneficiam todos os envolvidos de forma direta ou indireta no projeto:

“A profissionalização gera benefícios em cadeia a começar pelo turista, que tem experiência qualificada, desfruta e se encanta com a cultura local, consume os produtos e indica para outras pessoas. Isso faz com que o aumento o fluxo e os empreendedores melhorem seus negócios”.

Para o consultor Alessandro Mendes, da Idealizei, capacitar pessoas para inovação estabelece critérios mais desafiadores e estimulam novas oportunidades:

“Os empreendedores se tornam mais competitivos, planejam melhor com objetivos ousados, transformam seus negócios, melhoram as experiências dos seus clientes e aumentam as vendas”.