A Audaces, multinacional ítalo-brasileira especializada em soluções tecnológicas para a indústria da moda, tem apostado em estratégias para atrair e formar jovens talentos diante do crescente déficit de mão de obra no setor tecnológico.

Com sede em Santa Catarina, a empresa mantém parcerias com iniciativas voltadas à inclusão e capacitação profissional, como a ONG Prototipando a Quebrada (PAQ), que conecta jovens da periferia ao mercado de tecnologia.

Atualmente, a Audaces oferece 24 vagas — sendo 19 para contratação efetiva, três para estágio e duas para jovem aprendiz — todas também acessíveis a pessoas com deficiência (PCDs).

Nos últimos três anos, a empresa contratou 49 estagiários, dos quais 16 foram efetivados.

Parte dessas contratações foi viabilizada pelo projeto “PAQ no Trampo”, do qual a Audaces foi uma das duas empresas participantes na primeira edição, ao lado da SoftPlan.

O desafio da Audaces reflete um cenário nacional: segundo estudo da Gi Group Holding, em parceria com o Politecnico di Milano e a INTWIG Data Management, 45% das empresas brasileiras enfrentam dificuldade para encontrar profissionais com habilidades digitais avançadas.

Para enfrentar esse cenário, a Audaces também investe na qualificação contínua por meio do Audaces Academy, sua plataforma de educação online com cursos voltados a competências técnicas como desenho técnico, modelagem e criação em 3D.

A empresa destaca ainda a importância de habilidades comportamentais — como pensamento crítico, comunicação eficaz, adaptabilidade e planejamento estratégico — para atuação em um setor em constante transformação.

A diretora de Gente & Gestão da Audaces, Andréia Girardini, afirma que a empresa pretende ampliar a atuação em programas sociais de inclusão no mercado de trabalho, como o próprio PAQ no Trampo e o Projeto Novos Caminhos, promovido pelo Poder Judiciário de Santa Catarina para apoiar a inserção de jovens em situação de acolhimento institucional:

“São iniciativas que geram impacto social e, ao mesmo tempo, contribuem para a formação de talentos alinhados à cultura da empresa”.

Para Girardini, além da escassez de candidatos qualificados, há subutilização de programas como o de jovem aprendiz:

“Em Florianópolis, havia potencial para contratar até 15 mil aprendizes, mas em 2018 pouco mais de 2 mil contratos estavam ativos”.

“A aprendizagem contínua é indispensável. Incentivamos que os jovens dediquem tempo à qualificação, aproveitando recursos gratuitos ou acessíveis oferecidos por instituições como Senai, Sebrae e pela própria internet”.

"Isso pode fazer diferença real na empregabilidade”.