Depois de três quedas consecutivas, o custo da cesta básica em Itajaí apresentou uma ligeira alta de 1,46%, passando de R$343,68 em junho para R$348,70 em julho.

Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa realizada em seis supermercados da cidade.

Os principais produtos que contribuíram para este aumento foram a batata (9,19%); o tomate (7,84%); a banana (7,45%); o café em pó (5,68%); a manteiga (4,71%); o pão francês (1,98%); a farinha de trigo (0,97%); e o leite longa vida (0,70%). Apesar da elevação no preço total da cesta, alguns produtos que a compõem tiveram queda no custo, são eles: o açúcar (12,95%); o feijão preto (4,35%); a carne 0,54%); o óleo de soja (0,39%) e o arroz (0,06%).

Os pesquisadores destacam que o impacto das condições climáticas nos produtos in natura somado ao aumento de consumo em produtos como o leite e o pão, durante o inverno, contribuem para a alta no preço. No entanto, segundo eles, a queda no poder aquisitivo da população força a baixa no preço dos produtos industrializados, ofertados em diversas opções de marcas.

O professor Jairo Romeu Ferracioli, economista e professor responsável pelo projeto, afirma que para os próximos meses, o comportamento dos preços dependerá do clima e do recente aumento no preço dos combustíveis e da energia elétrica: "São insumos básicos na estrutura produtiva. Por isso, acredito num movimento de alta no custo da cesta básica", prevê.

PODER DE COMPRA DO TRABALHADOR

Com a elevação no custo da cesta básica, o poder de compra do trabalhador assalariado em relação a alimentos básicos teve piora. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou 36,68% em junho para 37,21% em julho. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 81 horas e 48 minutos de um total de 220 horas mensais.