Como a tecnologia pode contribuir para a inclus�o de PCDs

20/09/2018 16:00:00

Empresas buscam se adaptar de acordo com necessidades dos funcion�rios

Como a tecnologia pode contribuir para a incluso de PCDs

A tecnologia pode ser um meio de transformação social, inclusive nos quesitos acessibilidade e inclusão.

Nesta sexta-feira, dia 21, é celebrado o Dia Nacional das Pessoas com Deficiência (PCDs) e a data pode ser uma oportunidade para se pensar na inclusão dos PCDs a partir das soluções tecnológicas e a partir da inserção no mercado do setor.

A Softplan, de Florianópolis, uma das maiores empresas de software do país, por exemplo, vem apostando não só na diversidade do time como na acessibilidade dos softwares, de acordo com Maurício Sá Peixoto, graduado em Gestão da Tecnologia da Informação:

“Fazer software requer muita dedicação, e fazer softwares que sejam acessíveis não é diferente. Mas isso é necessário. A tecnologia pode e precisa ser uma ferramenta de inclusão”.

Maurício é deficiente visual e atua na área de programação da Softplan.

Ele trabalha como analista de testes, junto com outros dois profissionais que também têm deficiência visual.

Eles atuam para garantir a acessibilidade dos programas desenvolvidos, ou seja, para que qualquer pessoa possa acionar normalmente botões, links por comandos do teclado, ter acesso às imagens por meio de textos alternativos, preencher formulários e etc.

 

Inserção no mercado

Na HostGator, provedor de hospedagem de sites e outros serviços, há uma preocupação em oferecer igualdade de oportunidades.

Todas as vagas na empresa são abertas a profissionais sem distinções, PCDs ou não, e todo o espaço físico da sede da empresa, em Florianópolis, foi pensado na acessibilidade.

Além disso, a empresa realiza treinamento técnico direcionado para os portadores com deficiência auditiva, para facilitar a integração aos processos da empresa.

A Ahgora, empresa dedicada ao desenvolvimento de aplicações para aumentar a eficiência operacional das organizações, se dedica para oferecer igualdade de oportunidades.

No momento, são três PCDs na empresa e a expectativa é aumentar ainda mais esse time nos próximos meses, já que as vagas são direcionadas a todos os públicos.

Lucas Alves, que tem perda auditiva moderada, atua como auxiliar de produção na Ahgora.

Ele acredita que o setor de tecnologia pode ser um bom caminho para a inserção de todos no mercado de trabalho:

"A área de tecnologia oferece bastante oportunidade de emprego e traz a chance de ocupar uma boa posição no mercado".

 

Games para inclusão

Giovanna encontrou nos games uma saída para se exercitar, “ já que não posso praticar esportes como os outros, minha atenção se volta mais para os games, que exercitar meu cérebro e me diverte também”, conta a jovem, que tem uma leve deficiência na perna.

Quando conheceu o Comitê para Democratização da Informática (CPDI) percebeu a oportunidade de aprender a desenvolver, e sair do papel de jogadora para o de produtora.

Foi assim que começou o curso Aprendendo a Programar.

Em dois meses desenvolveu dois jogos diferentes:

“Algumas vezes até pensei em desistir porque era um desafio pra mim, mas vi como o curso dava resultado e como há mercado de trabalho na área, e fui em frente”.

A jovem finaliza dizendo que agora, sempre que joga um game, tenta entender como ele foi feito.