O Ministério da Agricultura acaba de confirmar a vinda de uma missão técnica sul-coreana em novembro ao Estado, para visitar frigoríficos e propriedades rurais catarinenses.

A ideia é oficializar a abertura do mercado à carne suína in natura de Santa Catarina.

A missão técnica sul-coreana deve chegar ao Estado dia 16 de novembro, quando irá avaliar a sustentabilidade ambiental, a saúde animal, o controle de doenças e o Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) dos frigoríficos e propriedades rurais visitados.

O objetivo é da missão é habilitar as plantas frigoríficas autorizadas a exportar carne suína para a Coreia do Sul.

A expectativa é que as exportações iniciem já no início de 2017, com a venda de 30 mil toneladas ao ano de carne suína para a Coréia do Sul.

O país é um dos maiores compradores mundiais de carne suína in natura com 50 milhões de consumidores. Somente em 2015, importou cerca de 450 mil toneladas, o equivalente a US$ 1,3 bilhão.

O potencial de exportação do Brasil é estimado em US$ 160 milhões por ano, conforme Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI).

As negociações para exportação de carne suína para a Coreia do Sul acontecem há 10 anos e um dos fatores para a abertura do mercado catarinense foi o status sanitário diferenciado do Estado, único do Brasil livre de febre aftosa sem vacinação e livre de peste suína clássica, com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína do país.

Possui 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem cerca de 850 mil toneladas de carne suína ao ano.

Com rebanho efetivo estimado em sete milhões de cabeças, E estado é responsável por aproximadamente 27% da produção nacional de carne suína e por 35% das exportações brasileiras, com a venda de 190 mil toneladas por ano.

Entre os principais países de destinos da carne suína catarinense estão Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.