Paralisa��o dos caminhoneiros afetou quase 80% dos empres�rios no estado

01/06/2018 11:00:00

Impacto financeiro foi de cerca de R$ 350 milh�es para o setor de com�rcio, servi�os e turismo

Paralisao dos caminhoneiros afetou quase 80% dos empresrios no estado

A Fecomércio SC realizou uma nova sondagem com empresários do comércio, serviços e turismo em Santa Catarina, na terça-feira (29), nono dia de paralisação dos caminhoneiros, para avaliar os impactos no abastecimento das empresas.

Foram realizadas seis perguntas para 101 empresários dos municípios de Balneário Camboriú, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages, Laguna e Rio Negrinho.

Os dados foram apurados com os  segmentos:  restaurantes (40,6%), hotel (17,8%), farmácia (11,9%), atacado (6,9%), supermercados (6,9%), material de construção (6,9%), posto de gasolina (5,0%) e transporte intermunicipal (4,0%).

Para 79,2% dos empresários a greve dos caminhoneiros afetou o abastecimento ou a atividade da empresa de alguma maneira.

Na primeira sondagem, apurada no 4º dia de paralisação, o índice estava em 77,3%.

O dado mais impactante foi quando a entidade perguntou sobre a variação do faturamento neste período.

As perdas foram estimadas em -32,4% no setor de comércio, serviços e turismo.

Os impactos foram bastante significativos no setor de hotéis (-86,0%) e atacado (-41,4%).  Por outro lado, a queda foi menor nas farmácias (-10%).

O impacto financeiro foi de cerca de R$ 350 milhões para o setor de comércio, serviços e turismo em Santa Catarina.

Confira abaixo outros pontos da pesquisa:

  • Os segmentos mais afetados foram os postos de gasolina, onde 90% do combustível encomendado não chegou, seguido pelo segmento de material de construção, que deixou de receber 70% dos produtos, e  o transporte intermunicipal (67,5%), também impactado pela falta de insumos.

  • A Fecomércio SC perguntou se os empresários adotaram alguma estratégia para contornar o desabastecimento neste período. Na semana passada, 60,5% não haviam adotado nenhuma. Como a paralisação se estendeu e o desabastecimento começou a ser sentido no faturamento, algumas medidas tiveram que ser  tomadas e o percentual caiu para 51,5%.

  • Medidas utilizadas para contornar o desabastecimento: Adiantar folgas; Buscar insumos diretamente na distribuidora; Estabelecer limite de compra por cliente; Empresário já havia feito estoque pois sabia que iria ter greve; Alterar fornecedor para mais perto do estabelecimento; Redução do horário de atendimento.