Por Ana Paula Dahlke
Redação Noticenter

Em conversa com o Noticenter, o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, Renato Valim, avaliou o impacto da greve  em empresas de Blumenau e região.

Confira a entrevista abaixo:

Qual o impacto das paralisações dos caminhoneiros nas empresas de Blumenau?

Entendemos a greve como um respaldo constitucional. Mas isso não pode afetar como está afetando a população. Antes o que era um movimento de caminhoneiros, agora é disseminado por várias representações. O que era pauta comum, virou greve política. O impacto não é somente nas empresas, mas principalmente nos serviços básicos da população. Estoque de gás em prédios, por exemplo, daqui a pouco não terão mais e vai gerar todo um colapso. Empresas estão há oito dias sem enviar produtos aos clientes, consequentemente, sem faturar. Até mesmo as transportadoras que trabalham no âmbito municipal estão temerosas.

O que impacta nos funcionários dessas empresas?

Já de início podemos destacar a locomoção. Muitos dependem do transporte coletivo que sofreu redução de horários devido a falta de combustível nos postos. Além daqueles que estão poupando gasolina para outras emergências. O estoque de alimentos também está cada vez menor e pode impactar nos próximos dias, caso a situação não for normalizada. Algumas empresas já estão trabalhando com compensações de jornada, ou seja, trabalha menos por esses dias e recupera em outro momento.

Cogita-se férias coletivas?

Algumas empresas já estão estudando a possibilidade. Porém, não temos nenhuma confirmação ainda.

E quanto aos insumos que abastecem as máquinas? Há estoque?

As empresas não trabalham com estoque em grande escala. Já sentem a falta de insumos como madeira para caldeira, por exemplo. Na parte de tinturaria e fiação também os estoques têm reduzido, o que leva ao fator de redução de jornada e possível férias coletivas, como dito anteriormente.