EXPORTAÇÕES

Com mais de 80 anos de história, Sintex, de Joinville, aposta na exportação

02/10/2025 16:00:00

Com mais de 80 anos de história, Sintex, de Joinville, aposta na exportação

A vocação exportadora da indústria catarinense tem se consolidado, o que é atestado pelos números recentes.

Em agosto, houve um crescimento de 1,5% nas exportações do estado frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O percentual representa um aumento de R$ 14,7 milhões.

A Sintex, indústria brasileira de chuveiros e torneiras com sede em Joinville, é um dos exemplos desse fortalecimento.

A fabricante, que tem mais de 80 anos de mercado, vem ampliando a atuação além das fronteiras brasileiras, marcando presença em 10 países.

Ainda de acordo com o MDIC, o avanço de 1,5% em agosto esconde flutuações importantes dentro do volume total exportado.

Devido às tarifas impostas, as exportações de Santa Catarina para os Estados Unidos caíram cerca de 20%, o que atingiu principalmente os setores de madeira, móveis, motores de pistão e peças automotivas.

Por outro lado, as exportações cresceram para países como China, México, Argentina, Chile e Arábia Saudita.

Enio Bernardes, diretor da Sintex, explica que no caso da empresa, o público-alvo são os mercados que possuem em comum com o Brasil o uso de chuveiros e torneiras à base de aquecimento elétrico, o que é comum em países da América Latina e África.

Com foco em continuar expandindo a atuação nesses mercados, a empresa participa em novembro da feira de negócios El Gran Salón Ferretero, que acontece em Bogotá, na Colômbia.

Segundo Bernardes, hoje a empresa atende principalmente México, Peru, Paraguai e Equador, além do mercado africano.

A Sintex foi fundada em 1942, em São Paulo, época em que as duchas elétricas eram fabricadas em estrutura metálica.

Devido ao desenvolvimento da tecnologia de plástico na indústria, a empresa passou a usar o material em chuveiros e torneiras a partir de 1984, ano em que foi transferida para Joinville por conta do potencial industrial da cidade.

Enio Bernardes destaca:

“A maior parte das embalagens já estão em três idiomas — português, espanhol e inglês — o que faz com que exista agilidade ao atender um cliente no mercado externo, porque o produto já está com a embalagem pronta no Brasil”.

“Focamos sempre nos países do hemisfério sul, já que nos países do hemisfério norte são utilizados outros sistemas de aquecimento, como os sistemas a gás”.