Contestada pelo custo elevado de seus produtos e pelos reflexos ambientais, a indústria do carvão mineral brasileira se organiza para tentar garantir seu espaço.

Na semana passada Criciúma foi sede do 5º Congresso Brasileiro de Carvão Mineral.

Foram 390 participantes, com apresentação de 140 trabalhos.

Dados do SieceSC, sindicato das empresas mineradoras, revelam que o estado perdeu posição na produção nas últimas décadas.

Em 1990 os três estados do Sul produziram 11,5 milhões de toneladas. SC liderava a produção, com 7,4 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul produzia 3,8 milhões e o Paraná apenas 210 mil toneladas.

Em 2015 a região produziu 13 milhões de toneladas, mas a produção de Santa Catarina caiu para 6,5 milhões de toneladas, enquanto que o Rio Grande do Sul elevou para 6,2 milhões.

O Paraná produziu apenas 340 mil toneladas.

No Brasil, o carvão mineral participa com um pouco mais de 5% na matriz Energética e com apenas 1,3% na matriz elétrica, segundo dados do Governo Federal.

 O principal uso do carvão ocorre na indústria siderúrgica, com mais de 98% sendo importado.

O carvão mineral brasileiro é considerado de baixa qualidade.