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Universidades brasileiras n�o oferecem incentivo ao empreendedorismo

18/10/2016 17:40:00

Pesquisa do Sebrae e Endeavor mostra que apenas 6,2% das institui��es contam com programas que ampliam a vis�o empreendedora

Universidades brasileiras no oferecem incentivo ao empreendedorismo
Pesquisa revela que quase um quinto das universidades (17,9%), n�o possui qualquer entidade interna que institucionalize as a��es ligadas ao empreendedorismo (Foto: Divulga��o)

A quarta edição da pesquisa “Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras”, encomendada pelo Sebrae e Endeavor e realizada pelo Instituto Data Popular, aponta que a universidade é uma das fontes menos procuradas pelos jovens brasileiros na hora de se capacitar para empreender.

De acordo com o estudo, as universidades não estão satisfazendo as necessidades dos alunos sobre empreendedorismo.

Dos professores entrevistados, 65% dizem estarem satisfeitos com iniciativas de empreendedorismo dentro da universidade. Entre os alunos, no entanto, a média é de apenas 36%.

Ainda segundo o levantamento, as instituições de ensino superior não possuem estrutura que aprofunde conteúdos de empreendedorismo.

Quase um quinto das universidades (17,9%), não possui qualquer entidade interna que institucionalize as ações ligadas ao empreendedorismo.

No geral, as instituições têm apenas disciplinas que inspiram os alunos a darem o primeiro passo. Somente 6,2% contam com programas que proporcionam maior visão empreendedora, como criação e gestão de novos negócios, franquias e inovação em tecnologia. 

Em média, 56% dos alunos empreendedores acreditam que iniciativas de empreendedorismo como disciplinas, incubadoras e eventos são essenciais ao prepará-los para empreender, mas somente 38,78% das universidades oferecem essas oportunidades.

Como consequência, a universidade não é vista como ponto de apoio do aluno empreendedor. Do total de empreendedores universitários entrevistados, mais da metade (51,6%) não conversa com seus professores sobre negócios.

A pesquisa entrevistou 2,23 mil alunos e 680 professores de mais de 70 instituições de ensino superior em todas as regiões do País, entre 29 de abril e 13 de maio de 2016.

Os dados revelam um cenário diferente do que já é realidade em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) oferece 60 cursos relacionados ao empreendedorismo, além de um programa de aceleração para empreendedores.

Um relatório da instituição mostrou que 30 mil empresas fundadas por ex-alunos do MIT estavam ativas no mercado em 2014 e empregavam 4,6 milhões de pessoas, produzindo receita anual de US$ 1,9 trilhões, pouco mais que o PIB do Brasil de 2015, de acordo com o Banco Mundial.

Já a Universidade de Tel Aviv (TAU), em Israel, criou a Ramot, que apoia a criação de novas empresas baseadas nas tecnologias inovadoras desenvolvidas na instituição. Até hoje, a Universidade já foi berço de 65 startups e 198 licenças, além de 20 medicamentos e tratamentos médicos baseados em propriedade intelectual da instituição que estão sendo desenvolvidos.

No Brasil por outro lado, 90% dos alunos empreendedores afirma que seu negócio não é novo no mercado nacional e apenas 10% espera ter 25 funcionários ou mais nos próximos cinco anos.

A pesquisa completa está disponível AQUI