Pesquisa aponta cen�rios da ind�stria da constru��o nos pr�ximos anos

20/08/2018 14:00:00

Estudo foi desenvolvido pelo Sistema de Intelig�ncia Setorial (SIS) do Sebrae/SC

Pesquisa aponta cenrios da indstria da construo nos prximos anos

O desenvolvimento da indústria brasileira da construção nos próximos três anos depende da capacidade de recuperação econômica.

Mais do que isso, precisa estar atrelada a reformas estruturais, que permitam uma expansão da capacidade produtiva e do investimento de longo prazo.

Mas mesmo que a economia cresça, as dificuldades do cenário internacional prejudicam uma retomada mais forte e rápida até 2020.

Este é o diagnóstico que aponta a pesquisa "Cenários prospectivos: os impactos da produtividade da indústria construtiva 2018-2020”.

Ela foi produzida pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae/SC.

O material, disponível gratuitamente neste link, apresenta três cenários possíveis para os próximos anos.

Ao longo dos últimos dez anos, o mercado de construção civil, que fatura anualmente R$ 1,1 trilhão e representa 6,2% do PIB nacional, viveu momentos distintos:

  • Entre 2007 e 2013, foi um dos motores do crescimento econômico do país, com auge em 2010, quando teve uma expansão de 13,1%

  • Mas desde 2014 o setor acumula quedas ano após ano, sendo que o pior resultado foi em 2015, com retração de 9%.

 

Diante deste retrospecto, a pesquisa mostra três caminhos:

Cenário 1: produtividade impulsionada por uma situação político econômica favorável

O próximo triênio será favorável se a situação política for menos turbulenta, com o governo tendo apoio político e social para implementar medidas que reduzam o déficit habitacional.

Além de facilitar o acesso a crédito e gerar demanda por obras de infraestrutura.

O crescimento sustentável depende de uma simplificação na questão tributária e o emprego de novas tecnologias que auxiliem a produtividade.

Se esses fatores estiverem alinhados, a perspectiva é de um crescimento entre 1,6% e 1,8% do setor nos próximos três anos.

 

Cenário 2: incerteza econômica tem impactos negativos na produtividade

Este cenário considera uma leve retomada da governabilidade com recuperação econômica favorável ao setor, mas ainda com alto nível de incerteza, não sendo suficiente para alavancar a produtividade.

Em 2018 o momento é de certo alívio comparado aos últimos quatro anos com o encolhimento do PIB, mas a retomada está sendo mais lenta do que o esperado.

Mantendo este panorama, o setor deve ter uma pequena expansão (de 0,5% neste ano até 1% em 2020).

Porém, sem garantias de um sistema econômico estável, as empresas acabam focando nas obrigações de curto prazo e adiam investimentos em novas tecnologias e expansão da capacidade produtiva.

 

Cenário 3: situação político-econômica desfavorável reduzindo a produtividade

No cenário mais pessimista analisado neste estudo, o ambiente será de muitos desafios aos empresários do setor, com insegurança econômica, alta da inflação, desemprego e baixíssimo nível de investimentos, tanto público quanto privado, desfavorecendo a absorção de novas tecnologias e impactando negativamente na produtividade.

Com alta tributação e acesso ao crédito limitado, o processo produtivo vai encarecer.

Dessa forma, as empresas priorizam a redução de custos, como mão de obra.

Assim, a maior queda do PIB no setor será em 2018 (estimativa de - 1%), o que deve se seguir com índices um pouco menores (entre -0,2% e 0,5%) nos anos seguintes.