Tarifa de �gua e esgoto ficam mais caras em Santa Catarina a partir de agosto

24/07/2017 13:20:00

Reajuste de 6,08% foi concedido por Ag�ncia Reguladora de Santa Catarina na �ltima semana

Tarifa de gua e esgoto ficam mais caras em Santa Catarina a partir de agosto

O custo pago pelo consumidor nos serviços de água e esgoto deve ficar 6,08% mais caro a partir do próximo mês.

A concessão do reajuste pedido pela Casan (Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina) foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 17 de julho e passa a valer a partir de 21 de agosto.

Na justificativa do pedido feito à Aresc (Agência de Regulação de Serviços Públicos), a Companhia informou a necessidade de recomposição de 8,57% do valor, sendo 3,58% recomposição inflacionária e o restante da necessidade de reequilíbrio econômico-financeiro devido perdas, depreciações e variações da conjuntura financeira que poderá gerar fluxo de caixa negativo para os próximos anos.

O valor final do reajuste, segundo argumento da Casan enviado à Aresc, é uma média da inflação e dos custos, e que “recupera parcialmente o equilíbrio econômico financeiro” da empresa. O reajuste fica abaixo do aprovado no ano passado, que foi de 10,8%.

Em 2016, a receita líquida da empresa foi de R$ 917,4 milhões, 15% a mais que no ano anterior. Na média dos últimos cinco anos, a receita da Companhia cresceu 10,7%. Já os custos operacionais em 2016 foram de R$ 849,8 milhões, com um crescimento de 10,02% em relação ao ano anterior. Na média dos últimos cinco anos, os custos ficaram em 8,5%.

Do total arrecadado pela Casan, 83% vem da cobrança da tarifa de água. No entanto, a empresa argumenta que a contratação de serviços de terceiros teve crescimento significativa, chegando a variar 56% na variação com os anos anteriores. Parte do impacto sobre o caixa vem dos investimentos (R$ 285 milhões) e financiamentos (R$ 2012 milhões)o  que acabou resultando em um fluxo de caixa líquido negativo em R$ 31 milhões. Um relatório da FitchRatings aponta que o fluxo de caixa da empresa pode chegar a R$ 240 milhões negativos até 2019 pressionado, principalmente, pelos investimentos e pagamentos de juros.