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VP da Fiesc Ingo Fischer recebe pr�mio nacional da ind�stria

22/05/2017 09:01:00

Cerim�nia foi realizada em Florian�polis, que tamb�m premiou o empres�rio Ademar Sapelli com o m�rito Industrial

VP da Fiesc Ingo Fischer recebe prmio nacional da indstria
Colombo, C�rte, Thiesen, Fischer, Schneider, Weiss, Sapelli e Campagnolo (da esq. para a dir.) em cerim�nia da FIESC (foto: Marcos Campos)

 “O Brasil não pode parar. Precisamos valorizar as empresas sérias e transparentes. E encontrar uma fórmula para voltar a avançar, o mais rápido possível, com as reformas, para criar um ambiente que permita o crescimento.Se temos pela frente grandes desafios, sabemos também que há muitos brasileiros do bem trabalhando por um País melhor”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Glauco José Côrte, nesta sexta-feira (19), em Florianópolis, durante a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Industrial e do Mérito Sindical.

O evento marcou o encerramento da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense. 

“Nesta semana um novo terremoto político surpreendeu o País. Chegou num momento em que as reformas tão esperadas pelo setor produtivo e pela sociedade avançavam e as estatísticas confirmavam aquilo que a maior parte dos empresários já sentia no dia a dia de suas fábricas: sinais positivos, ainda modestos, mas claros, da melhora do ambiente econômico. Quando as nuvens começavam a se dissipar, a cena política novamente se agravou de maneira dramática, trazendo insegurança sobre a recuperação  econômica, sem a qual não será possível gerar os postos de trabalho que o Brasil e os brasileiros tanto precisam”, afirmou o presidente da entidade em seu discurso.

À uma plateia de 400 pessoas, Côrte salientou que apesar de parecerem um balde de água fria, as novas notícias sobre as investigações e o combate à corrupção estão num contexto que representa oportunidade para enfrentar de vez os desvios de conduta, com os quais o País não pode concordar.

“O Brasil precisa ser passado a limpo, de uma vez por todas”, reforçou, lembrando que depois de anos de crise política, econômica, ética e social, os equívocos na condução do Brasil levaram a um recorde lamentável: 14 milhões de desempregados.

Ao cumprimentar os homenageados, Côrte fez referência à trajetória deles e disse que em comum elas têm muito trabalho, perseverança, capacidade de empreender, liderar e engajar equipes, profundo envolvimento com as suas comunidades e, principalmente, a fé inabalável num futuro melhor. 

Os industriais Ademar Sapelli, de Brusque, Álvaro Weiss, de São Bento do Sul, Carlos Rodolfo Schneider, de Joinville, José Samuel Thiesen, de Saudades, além do governador Raimundo Colombo, receberam a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, o mais alto reconhecimento da indústria do Estado. 

O industrial Ingo Fischer, de Brusque, que também é vice-presidente regional da FIESC para o Vale no Itajaí Mirim, recebeu a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o reconhecimento máximo da indústria nacional.

“A travessia nesse período tem sido dolorosa. Os industriais que hoje recebem a nossa homenagem sabem disso. Tiveram que fazer inúmeros sacrifícios e foram obrigados a adotar medidas duras para sobreviver a uma contração econômica jamais vivida antes”, declarou o presidente da FIESC, salientando que, apesar de tudo, seguem em frente.

Fischer, que discursou em nome dos homenageados, disse que representar os empresários de Santa Catarina em nível nacional é muito mais do que a realização de um sonho.

“Esta iniciativa da CNI e da FIESC é uma forma de reconhecimento do esforço e dedicação de pessoas que lideram e mobilizam equipes em favor de uma causa, gerando riqueza, empregos e qualidade de vida”, resumiu, referindo-se aos homenageados como a síntese do modelo industrial de Santa Catarina: indústrias que nasceram pequenas, foram crescendo, ganhando mercados e transformando vidas.

“Assim foi construída uma indústria forte, pujante, que com seus produtos está presente em todos os continentes. A indústria do Estado foi forjada com a dedicação dos empreendedores e o compromisso dos trabalhadores. Todos determinados a fazer o melhor, da melhor forma e buscando os melhores resultados”, finalizou.  

O presidente da FIEP, Edson Campagnolo, que na cerimônia representou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou a persistência dos empreendedores diante da crise pela qual o País atravessa e convocou a sociedade a participar mais da política.

“Enquanto nos silenciarmos, nos omitirmos e não participarmos um pouco mais na política nacional, local e estadual e não tivermos essa coragem, vamos continuar enfrentando crises como essa que estamos vivendo”, alertou, lembrando que para estar mais presente na política não precisa ser um candidato.

O deputado Silvio Dreveck, presidente da Assembleia Legislativa, disse que Santa Catarina é um Estado diferenciado pela sua gente, pela sua indústria e pelos empreendedores. Lembrou da importância das reformas que o País precisa e ressaltou que a da previdência é um desafio que o Brasil e os Estados precisam enfrentar.

"É um grande gargalo que está afundando a maioria dos Estados”, observou, ressaltando que Santa Catarina aprovou a sua em 2015, ainda que sob pressão. “Sem coragem e determinação não se vota a favor de reformas”, opinou. Para ele, “não há mais espaço para privilégios, para conceder o que não conseguimos produzir. E não permitimos aumentar mais impostos”.

Em seu pronunciamento, o governador Raimundo Colombo chamou a atenção para as várias faces da crise e lembrou que a globalização exige competitividade e eficiência. “Temos que nos adaptar a esta realidade, fazer mais com menos, mais rápido e com qualidade. A sociedade brasileira começa a observar a necessidade de sair de um modelo de Estado para construir um modelo de nação e isso não é fácil de fazer. Não se faz com leis, decretos ou discursos”, argumentou.

Segundo ele, é um processo de mobilização da sociedade que mostra uma angústia e não é possível continuar no modelo atual. “Essa é a grande transformação que estamos vivendo e não há porque ter medo dela. Ela é positiva e começa a moldar as coisas que precisam ser corrigidas.

Elas vão corrigir o modelo político que todos nós sabemos que é ineficiente, está comprometido e não responde à sociedade”, declarou, salientando o elevado custo do Estado brasileiro. Ao final do discurso, ele compartilhou a homenagem que recebeu da FIESC com a equipe de governo. “Essa comenda, que recebo com muita alegria e num momento difícil para todos nós, sobretudo, para mim, é um incentivo para continuar”, disse.  

Nesta sexta-feira, a FIESC também entregou o Mérito Sindical. A homenagem é conferida aos sindicatos que cooperam para o fortalecimento da representatividade empresarial catarinense e que permanecem filiados à entidade por um longo período. Na categoria Bronze, 25 anos de filiação, foi agraciado o Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina. Na categoria Prata, 30 anos de associação, foram condecorados o Sindicato de Indústria Cerâmica para a Construção do Vale do Itajaí, Centro, Norte e Planalto Catarinense, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense e o Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeira de Caçador. Na categoria Ouro, 40 anos de filiação, foi reconhecido o Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma e o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Jaraguá do Sul.