A saída de José Serra da pasta das Relações Exteriores foi recebida com surpresa pela Fecomércio SC, que viu nas ações do ministro a concretização de um novo contexto para as relações do Brasil, sobretudo com a América Latina, um dos principais parceiros do país e de Santa Catarina. O movimento de valorização da política externa não poderá, agora, ser estancado.

Serra deixa como marco de gestão um importante legado: a partir da aproximação do Brasil com a Argentina, o debate sobre a integração com países da costa do Pacífico, como Chile e Peru, e com o México, como resultado da oportunidade que se abre com a plataforma protecionista dos Estados Unidos, nesta recém-iniciada gestão Trump.

Estas iniciativas são uma grande oportunidade para que o nosso país expanda seu comércio exterior em direção a novos mercados, consolidando-se especialmente na Ásia e apostando na política comercial dos Brics, para que reafirme a sua posição de liderança regional na América, seguindo o movimento de integração sul-americana resultante da virada na política de alguns países.

"A política de comércio exterior é prioritária para Santa Catarina, o que leva os empreendedores catarinenses a demandar que o futuro novo ministro seja um nome à altura dos desafios que a Pasta representa para o nosso estado, para o próprio governo Temer e para o Brasil. Que a saída de Serra não se traduza na piora dos indicadores catarinenses", afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

A entidade espera que a indicação de substituição ao cargo seja feita o mais rapidamente possível, de modo que não haja oscilação na confiança interna e externa e que a mudança não seja motivo de instabilidade para o País. Desta forma, a Fecomércio SC e as mais de 400 mil empresas do setor do comércio de bens, de serviços e de turismo de Santa Catarina representadas pela entidade terão a certeza da prevalência e do fortalecimento das políticas de Estado sobre as frágeis políticas de governo.

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