O endividamento e inadimplência dos catarinenses referente ao mês de setembro de 2016 apresenta melhora. O indicador ficou em 56,1% de famílias endividadas, 0,8% a menos que o mês de agosto. A inadimplência ficou estável em 17,9%.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores Catarinenses (PEICSC), realizada pela Fecomércio SC.

O número de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas também ficou estável, registrando 10,2%. Já a parcela da renda comprometida com dívida teve uma elevação. Subiu de 29,8% para 30%.

O indicador tempo de comprometimento com dívidas manteve-se praticamente estável em 8,8 meses, nível considerado ainda alto. Segundo o estudo, as dívidas estão sendo renegociadas com mais frequência no período de retração econômica, para caber no orçamento do consumidor.

A Fecomércio SC destaca que os indicadores ainda estão altos, e se devem a desaceleração da renda real das famílias, que chegou a queda de 8,4% no segundo trimestre, alta da inflação e taxas de juros elevados.

O cartão de crédito segue como o principal agente de endividamento das famílias catarinenses, e registrou taxas de juros próxima dos 470,7% a.a. no rotativo.

Quanto aos níveis de inadimplência, embora esteja próximo ao maior percentual da série histórica, o resultado se apresenta estável, condizente com a situação econômica atual e não apresenta risco elevado.

Dessa forma, o varejo acaba sendo impactado e tendo seu volume de vendas reduzidos. O aumento dos juros está diretamente relacionado com a capacidade das famílias efetivarem novas compras. 

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