Em agosto, o recuo da receita nominal no setor de serviços foi de 2,3% em Santa Catarina, em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE.

No acumulado de 12 meses, o faturamento encolheu 1,1%, a segunda baixa desde o início da série histórica, em 2012.

No Brasil, a receita nominal aumentou 2,2% na comparação com 2015, puxada especialmente pelo desempenho do setor turístico.

As atividades turísticas cresceram 2,6% no País e 6% em Santa Catarina na comparação com agosto de 2015.

Os Jogos Olímpicos contribuíram para alavancar o segmento em todo o País e minimizar a tendência de queda.

Nos últimos 12 meses também houve uma leve alta em nível estadual, com taxa de -0,6% em agosto, após chegar a -1,3% no mês anterior.

O setor de serviços é um dos mais importantes na compsição do PIB e sobre influência de diversos fatores, como nível de emprego, renda das famílias, comportamento da indústria, volume de vendas no comércio e contratações de serviços pelo governo, que foram paralisadas com os cortes orçamentários.

Conforme o economista da Fecomércio, Luciano Córdova, o segmento no Estado foi impactado pela desaceleração do comércio, que teve baixa de 7,9% no volume de vendas, e pela produção industrial, que encolheu 6,7% no acumulado de 12 meses.

Os números negativos foram puxados pelos transportes, que registraram queda de 6,5% na comparação com agosto de 2015.

Este é o 20º mês em Santa Catarina e o 27º mês no Brasil em que o faturamento do setor situa-se abaixo da inflação.

De acordo com o economista, isso significa que a variação da receita nos cinco segmentos que compõem o setor é menor do que o aumento dos custos no período.

Por outro lado, um destaque positivo vem do mercado de trabalho. Em agosto houve a criação de 1.943 empregos formais, Depois de uma sequência de fechamento de vagas, a expectativa da entidade é a desaceleração do desemprego e contratação de trabalhos temporários com a proximidade das festas de fim do ano e o verão.