Acib pede aten��o do secret�rio de Estado da Sa�de para o Hemosc de Blumenau

28/09/2016 08:00:00


No dia 27 de setembro, a Acib enviou ofício ao secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, solicitando empenho na regularização dos serviços do Hemosc em Blumenau.

A entidade tomou conhecimento de que o Hemocentro suspendeu o cadastro de novos doadores de medula óssea de não aparentados, coletas de sangue de cordão umbilical e coletas externas de sangue, por falta de repasse de recursos do Governo de Santa Catarina, além da dívida que ultrapassa os R$ 50 milhões.

“Em Blumenau, a suspensão afeta a coleta externa feita em Itajaí, onde eram registrados em média 60 doadores por semana. Nos últimos dois meses, o serviço já havia sido reduzido para três vezes por mês por redução de custos. Cada doação equivale a uma bolsa que varia de 400 ml a 470 ml cada. Com isso, o impacto deve ser de pelo menos 24 litros de sangue a menos por semana caso o serviço siga interrompido”, explica o ofício, assinado pelo presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral.

Além disso o documento lembra que o cadastro de doadores de medula, que também foi suspenso, tem em média 150 novos candidatos por mês no Hemosc de Blumenau.

“Mas, de todos os fatores citados, o que mais preocupa é a manutenção das doações regulares na sede do Hemosc. Por mês, a instituição registra o atendimento de, em média, 2,5 mil doadores de sangue, considerando apenas a cidade de Blumenau. A coleta de sangue implica na utilização de diversos insumos, como bolsas de coleta, testes sorológicos, entre outros, fundamentais para a liberação de um sangue seguro para o ao atendimento dos pacientes”, aponta o ofício, acrescentando que os atrasos dos repasses à FAHECE (Fundação de Apoio ao Hemosc) e, consequentemente ao Hemosc, nos últimos meses pela Secretaria Estadual de Saúde, impactou severamente no fluxo de caixa da instituição.

O documento ainda afirma que, atualmente, acumula-se uma volumosa dívida do Hemosc com  seus fornecedores, de aproximadamente R$ 1,9 milhão em materiais nacionais e  R$ 2,3 milhões em materiais importados já adquiridos com faturas vencidas ou a vencer em breve. “Para regularização desta situação é fundamental a regularidade dos repasses mensais e o pagamento dos valores atrasados, sob o risco, de comprometer a viabilidade do atendimento, não apenas em Blumenau, mas no Estado inteiro”, conclui o documento.