Tecnologia

Startup � escolhida pela ONU para ajudar na internacionaliza��o de pequenos neg�cios

19/05/2017 10:30:00

Intradebook, foi escolhida para ser a plataforma oficial de internacionaliza��o de pequenas empresas

Startup  escolhida pela ONU para ajudar na internacionalizao de pequenos negcios
Em Florian�polis, empresas nascentes j� faturam mais de R$ 700 mil em exporta��o.(Foto:Divulga��o)

Expandir o perímetro de atuação e manter operação em diversos países não é mais privilégio de grandes empresas. Hoje, as startups já nascem internacionais e muitas montam seu plano de negócio de olho no mercado externo.

Buscando auxiliar as pequenas empresas nessa etapa, a Intradebook, graduada do MIDI Tecnológico, desenvolveu uma plataforma que oferece o passo a passo da negociação, tanto de exportação, como de importação, o que facilita a inserção das empresas no comércio internacional.

A ferramenta é gratuita e interativa, possui a fase de habilitação, a de negociação e de operação, funciona de forma automatizada e segura. Por esse trabalho, a startup catarinense foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial do Comércio (OMC), por meio da agência International Trade Centre (ITC), para ser a plataforma oficial de internacionalização de pequenas empresas em mais de 164 países.

A renda gerada pela exportação da tecnologia desenvolvida dentro da incubadora, que foi fundada e é mantida pela Acate e Sebrae/SC, foi maior que R$ 700 mil, em 2016.

Com o auxílio de mentores e consultores, os negócios desenvolvidos se tornam competitivos mesmo em sua fase inicial. Kamila Bittarello, coordenadora técnica do MIDI, ressalta que “as fronteiras geográficas não existem mais no mundo dos negócios, as soluções são pensadas, na maioria das vezes, para sanarem dores comuns a pessoas do mundo inteiro, então não faz sentido manter as operações restritas apenas ao seu país de origem”.

De Florianópolis para o mundo -   A Chipus Microeletrônica, selecionada pela incubadora em 2009 e graduada em janeiro de 2013, também é outro exemplo de empresa focada no mercado externo.

A empresa desenvolve projetos de circuitos integrados de baixo consumo para aplicações em segmentos diversos, como indústria 4.0 e Internet of Things (IoT), para clientes internacionais. Seu market share é dividido, de um modo geral em Estados Unidos (10%), Europa (70%) e na Ásia (20%).

A Chipus vem crescendo em média 100% ao ano desde sua fundação, e no primeiro trimestre de 2017 está fechando um faturamento equivalente ao total obtido em 2016. De 2015 a 2017, a empresa dobrou o número de colaboradores, de 16 para 36 funcionários.

Para Murilo Pessatti, CEO da Chipus, a presença no mercado externo foi necessária para o crescimento da empresa. “Iniciamos nossa jornada há nove anos, fazendo um caminho não convencional para uma startup: conseguimos nosso espaço no mercado externo, estabelecendo parcerias sólidas e de longo prazo.

Desenvolvemos projetos para big players no mercado internacional de semicondutores e com um posicionamento de grande relevância na área de IoT”, revela. Ainda de acordo com Pessatti, a internacionalização foi necessária, em razão do mercado de semicondutores no Brasil, em consolidação.

“Essa trajetória, muito mais que uma escolha, foi uma necessidade frente às limitações no ecossistema de semicondutores brasileiro. Neste momento, podemos olhar com mais propriedade para o mercado nacional e nos colocarmo como agentes para o desenvolvimento da microeletrônica e consequentemente da indústria brasileira”, afirma.