Cervejaria Borck anuncia planos para voltar a crescer

05/09/2017 07:45:00

Empresa foi uma das pioneiras na �rea, iniciando as atividades em 1996

Cervejaria Borck anuncia planos para voltar a crescer

Cervejaria Borck, de Timbó, uma das mais tradicionais da região Sul do país, planeja ampliar a produção em 2018 com a construção de uma nova sede.

A empresa quer iniciar a fabricação de cerveja pasteurizada para levar o produto a mercados consumidores mais distantes, além de lançar um ou dois novos tipos de cerveja.

Outra meta é reabrir o Pub da Borck, que sempre teve intensa procura do público.

As informações foram prestadas por Brunhard Borck, proprietário da empresa, em entrevista à revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.

Criada por Burnhard em 1996, a empresa produz atualmente cinco variedades de cervejas que são comercializadas principalmente na região norte de Santa Catarina.

Brunhard foi funcionário do Banco do Brasil por 20 anos, até que em 1995 resolveu aderir ao Plano de Demissão Voluntária e abrir o próprio negócio.

Ele viajou para a Hungria, onde comprou todos os equipamentos necessários e contratou a consultoria de um cervejeiro húngaro, que veio ao Brasil para instalar a fábrica e permaneceu com Borck no primeiro ano da produção.

“Nossa iniciativa foi pioneira, em um momento em que o brasileiro ainda não consumia cervejas artesanais e a própria oferta era quase inexistente. Nós começamos a produção com uma cerveja de alta fermentação, mas tivemos de nos adaptar aos hábitos dos consumidores e passamos a produzir uma cerveja Pilsen, mais ao gosto do público. Depois, com a evolução do mercado, fomos introduzindo novas variedades (escura, red lager, Ipa e trigo)”, disse o empresário na entrevista.

Com o passar dos anos e a expansão do mercado consumidor das cervejas especiais, a produção da Borck passou dos 15 mil litros/mês para os atuais 30 mil litros/mês.

“Nós temos registrado um crescimento de 25% a 30% ao ano e a nossa meta agora é mudar a fábrica para um local onde possamos continuar expandindo a produção”, diz Brunhard.

O empresário também está otimista com a perspectiva de – em 2018 – voltar a inserir a empresa no Simples. Segundo ele, a empresa sofreu um duro golpe e quase fechou as portas quando, em 2001, as microcervejarias saíram desse modelo de tributação.

“Nós pagávamos na época algo como 4,5% a 5% de tributos e passamos a pagar 50% de impostos. A empresa só ficou de pé porque eu coloquei todos os esforços e recursos da família no negócio”, comenta Borck.