Na última segunda-feira24 de abril, o Consórcio Aliança -  formado pela Celesc e pela empresa EDP do Brasil, arrematou o lote 21 do Leilão de Transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em São Paulo. Com a execução das obras previstas, o consórcio receberá receita anual de R$ 171,8 milhões. O valor representa um deságio de 34,99%, em relação ao valor máximo de R$ 264,343 milhões, estabelecido pela ANEEL.

O lote 21 era o terceiro maior ofertado no leilão de hoje, com demanda de R$ 1,265 bilhão em investimentos. O pacote inclui a construção de três linhas de transmissão de 525 kV (Abdon Batista – Siderópolis 2, com 261 Km; Biguaçu – Siderópolis 2, com 149 Km; e Campos Novos – Abdon Batista, com 39 Km); duas linhas de 230 kV (Siderópolis 2 – Forquilhinha, com 28 Km; e Siderópolis 2 – Siderópolis, com 7,5 Km); além da subestação Siderópolis 2.

As instalações visam à expansão do sistema de transmissão em Santa Catarina e, de acordo com o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, vão melhorar a confiabilidade da rede básica nas regiões sul e extremo-sul catarinense reduzindo, inclusive, a dependência do despacho térmico local para o fornecimento de energia. O prazo para a execução das obras é de 60 meses e a entrada em operação comercial está prevista para agosto de 2022, com possibilidade de antecipação.

A participação da Celesc no leilão está baseada nas diretrizes do Plano Diretor da companhia. Conforme explica Siewert, por meio de novos negócios, a Celesc pode criar alternativas de receita sem “depender apenas e tão somente da distribuição, que hoje responde por 97% do seu faturamento”.