O setor industrial, ao contrário do comércio, tem no Carnaval um período de redução da atividade produtiva, o que significa prejuízos em termos de produção.

Isso é o que assinala o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânica e do Material Elétrico de Chapecó (Simec), Mário Nóri de Oliveira.

Para ele, o “Carnaval gera lucro a uma minoria, inclusive porque não é um feriado oficial e leva às fábricas a ficarem paradas por quatro dias”.

Na avaliação do empresário, as vendas e o recebimento de matéria-prima ficaram, no último período carnavalesco, estagnadas por 10 dias, enquanto os funcionários desanimaram-se porque tiveram que trabalhar na terça-feira.

Em termos de dias produtivos para a indústria, em fevereiro foram apenas 17, lembra o presidente do Simec.

Esse dado contribui para os 12 feriados ou pontos facultativos em dias úteis de 2017, quatro deles com a possibilidade de enforcamento de outros dias da semana.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), é de R$ 66,8 bilhões a possibilidade de perdas que a indústria pode ter neste ano com os nove feriados.

Somando-se os pontos facultativos, essa perda pode chegar a R$ 68 bilhões, o correspondente a 4,4% do PIB industrial do país.