O Brasil precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico e de qualificação até 2020. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é uma projeção sobre as necessidades de qualificação do trabalhador da indústria para o período.

De acordo com o estudo, é necessário formar 625,4 mil profissionais no ensino superior. No entanto, as maiores demandas são por formação de técnicos e qualificação técnica, somando 5,1 milhões de trabalhadores. Outros 7,1 milhões devem ter qualificações básicas.

Entre os setores que mais demandam de formação profissional, estão: construção (3,8 milhões), meio ambiente e produção (2,4 milhões), metal/mecânica (1,7 milhão) e alimentos (1,2 milhão).

Vestuário e calçados, tecnologias de informação e comunicação; energia, veículos, petroquímica e química, madeira e móveis, papel e gráfica, mineração, pesquisa, desenvolvimento e design estão entre os outros setores com grande demanda.

O diretor-geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, acredita que o país precisa de um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social, e defende a reformulação do ensino médio:

“No Brasil, apenas 12% da população adulta têm ensino superior e é importante enxergarmos a formação profissional como um caminho importante para a inserção no mercado e para manter a empregabilidade das pessoas que têm acesso à requalificação”, conclui.

A demanda por formação até 2020 inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado de trabalho.

Segundo Lucchesi, 28% são empregos novos e 72% são demandas por aperfeiçoamento e requalificação. A maior necessidade por profissionais capacitados em ocupações industriais se concentra no Sudeste, Sul e Nordeste.

*Com informações da EBC