Presidente do Simpesc destaca a responsabilidade social e ambiental no descarte do pl�stico
25/07/2018 17:00:00
Albano Schmidt defende que discuss�o sobre o destino correto do lixo deve acontecer agora
Por Albano Schmidt
Presidente do Simpesc - Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina
Recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU), protagonizou a campanha #AcabeComAPoluiçãoPlástica, onde o plástico aparece como um dos principais causadores de danos ao meio ambiente.
Ao destacar apenas pontos negativos, a ação reforça a ideia de que este produto é sinônimo de poluição e leva os extremistas a enaltecerem o discurso de acabar com o seu uso.
Sou absolutamente contra o mote dessa campanha, que decidiu, de maneira irresponsável, que o plástico é um monstro poluidor.
Tudo o que está em nossa volta contém, é transportado ou acondicionado por um material plástico.
Nos hospitais, ele está nos medicamentos, vacinas, materiais cirúrgicos e implantes.
Os alimentos e a água são transportados e acondicionados por ele.
Outro exemplo emblemático é a sacola plástica distribuída nos supermercados.
Querem eliminá-la e usar a retornável, de tecido. Ok, mas depois de usadas, as sacolas retornáveis precisam ser higienizadas.
Usaremos água e detergente? E quem vai tratar essa água? E a natureza? Esse não era o grande apelo para eliminarmos o plástico?
Não precisa lavar a sacola retornável? Depois de alguns usos, essa sacola estará conduzindo, transmitindo e será vetor de multiplicação de bactérias, microrganismos e fungos, estará contaminada e será um perigo para a sociedade. Enfrentaríamos seríssimos problemas de saúde pública.
Desafio alguém a conseguir viver sem o plástico, um único dia!
Plástico é um produto do bem, é útil e importante.
O grande vilão é a sociedade, que não dá o destino adequado.
Temos que utilizar menos, reutilizar e encaminhar para o descarte adequado.
Jogá-lo na natureza é uma irresponsabilidade.
Até hoje nunca vi uma sacolinha com perninha indo tomar banho de rio.
A ONU deveria aproveitar seu prestígio para transformar as pessoas, conscientizando-as a dar o destino adequado ao lixo.
Para que a gente construa um futuro humano e digno, para nós mesmos, mas principalmente para nossos filhos e netos, a separação e destinação do lixo para reciclagem precisa fazer parte da nossa rotina.
Dar o destino correto ao lixo é um assunto sério e muito urgente, é uma mudança de atitude para a vida, em favor da vida, e deve acontecer agora.
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