S�o Jo�o Batista se torna um dos dez maiores polos do setor cal�adista do pa�s

16/06/2018 12:00:00

Empresas produzem cerca de 1,2 milh�o de pares por m�s e geram 8 mil empregos

So Joo Batista se torna um dos dez maiores polos do setor caladista do pas
Laudir Jos� Kammer, fundador da Via Scarpa

São João Batista, município com aproximadamente 36 mil habitantes localizado a cerca de 60 quilômetros de Florianópolis, se tornou um dos maiores polos do setor calçadista do país.

A matéria foi publicada na última edição da revista da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc)

 

MERCADO

Dados atualizados do Departamento de Tributos da Prefeitura de São João Batista indicam que a cidade tem 270 fábricas de calçados em atividade.

Além de 122 ateliês que prestam serviços de apoio.

Com isso, cerca de 60% das empresas do polo se dedicam à fabricação dos calçados propriamente dita, enquanto as demais atuam em vários segmentos relacionados, a exemplo de curtumes, componentes, indústria química e embalagens.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (Sincasjb), essas empresas produzem, juntas, cerca de 1,2 milhão de pares por mês e geram 8 mil empregos.

 

RAPHAELLA BOOZ

Entre as marcas destacadas está a Raphaella Booz, fundada em 1966.

A fábrica de calçados femininos tem produção anual de 700 mil pares, geração de 1.200 empregos e faturou R$ 52 milhões no ano passado.

Se tornou desde então cada vez mais sofisticada, com produtos dirigidos ao público de alto poder aquisitivo.

Hoje, o parque fabril ocupa 10 mil metros quadrados, com mais de 5 mil metros quadrados de área construída.

Além de sete lojas próprias e 24 franqueadas, incluindo cinco unidades no Peru e na Bolívia.

Está em 1.500 pontos de venda em todo o Brasil e é exportada para 25 países das Américas, Europa e Ásia.

A cada ano, a marca lança 700 novos modelos, quase todos feitos de couro e com custo médio de R$ 250.

 

VIA SCARPA

A Via Scarpa também se tornou uma organização de grande porte, com 1.500 funcionários e faturamento de R$ 110 milhões no ano passado.

Além da indústria de calçados, possui fábricas de embalagens, fitas e solado, que fornecem peças para a própria marca e para o mercado geral.

A empresa foi fundada em 1992 por Laudir José Kammer, que até hoje continua à frente dos negócios.

Ali são fabricados, em média, 14 mil pares por dia.

Laudir conta que “uma das estratégias para enfrentar a concorrência chinesa é o lançamento constante de um número muito grande de modelos, cerca de 2.500 ao longo do ano, a cargo da equipe de criação composta por 20 profissionais”.

Atualmente a marca exporta 20% de sua produção para pelo menos 70 países.

O complexo industrial, com 25 mil metros quadrados, inclui creche para 45 filhos de funcionários, ginásio de esportes, refeitório, faculdade e até lar de idosos.

 

MENINA RIO

Uma marca mais recente no mercado é a Menina Rio, fundada em 2004 para explorar o mercado de calçados infanto-juvenis.

Trata-se de uma sociedade de Rosi-Méri dos Santos Angeli com o marido, Edson Luiz Angeli, ambos de São João Batista.

Hoje, 5% da produção de 40 mil pares por mês é vendida para países da América do Sul e da América Central.

O objetivo, de acordo com o casal, é chegar a 25% com a recente estruturação da área de exportações.

A coleção da marca é composta por 200 modelos, com preço médio de R$ 45.

O número de produtos no portfólio se mantém estável por conta da estratégia de, a cada semestre, retirar os 50 menos vendidos e substituí-los por lançamentos.