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Crise no setor de vistoria veicular

26/10/2017 12:45:00

Artigo de Felipe Geremias, presidente da Associa��o Catarinense de Empresas de Vistoria Veicular

Crise no setor de vistoria veicular

Felipe Geremias

Presidente da Associação Catarinense de Empresas de Vistoria Veicular (ACEVIS)

 

Temos sido bombardeados todos os dias sobre as mais diversas informações referentes à crise política e econômica que o nosso Brasil atravessa. Em meio ao noticiário sobre as operações da Polícia Federal, a crise se alastra – infelizmente – para estados e municípios.

Termos como déficit fiscal, aumento ou queda de arrecadação, reformas trabalhistas, previdenciária e política passaram cada vez mais a fazer parte de nosso cotidiano. A crise bate à porta e o que precisamos fazer? Reduzir os custos. Comparando com a nossa situação em particular, caro leitor, seria como se precisássemos cortar gastos aqui e ali dentro de nossas próprias casas. E não é apenas o que chamamos de supérfluo. É reduzir gastos mesmo.

O governo cada vez mais precisa de setores que geram empregos e consequentemente, consumo. No caso de Santa Catarina em particular, o setor que representamos, o da vistoria veicular, gera mais de dois mil empregos em cerca de 300 empresas. E o que acontece? Passamos por um momento difícil; Dedicamos cerca de 45% dos valores recebidos apenas para pagar impostos. Para fazer uma comparação vem simples, é como se você tivesse que pagar quase metade do que ganha todo o mês para o governo. Ou seja, seu “sócio”.

Por isso, a Associação Catarinense de Vistoria Veicular (ACEVIS) criou uma campanha para que a população conheça a tributação realizada sobre cada procedimento.

Nossa ação visa informar sobre o impacto na situação financeira de todo um setor e demonstrar que o modelo de gestão adotado pelo governo catarinense, em particular o portal ECV, além de se mostrar mais oneroso aos contribuintes, vai na contramão dos modelos adotados maciçamente por outras unidades da federação, as quais optam pela segura e eficiente interligação entre sistemas públicos e privados de vistoria.

Estamos com dificuldades para crescer, manter e gerar novos empregos, devido principalmente à miopia latente do nosso “sócio”, que insiste em estrangular todo um setor ao invés de admitir que o modelo adotado não é eficaz e muito menos seguro.

Tudo isso é uma pena. Lamentamos muito essa itransigência das autoridades locais, que parecem não saber o que há por trás, ou sequer a importância de realização de cada vistoria.

A Associação Catarinense de Vistoria Veicular (ACEVIS) entrou com uma ação contra o Governo do Estado de Santa Catarina questionando a legalidade sobre a taxa de R$27,00 que vem sendo cobrada em cima de cada vistoria realizada, desde março deste ano, sobre as 280 empresas que realizam vistoria. A ACEVIS quer entender o motivo da taxa impetrada por meio de portaria do DETRANSC, e que ela seja depositada em juízaté que o processo seja encerrado.