A região do Vale do Itajaí, maior polo produtor de sardinha do país, está enfrentando escassez sem precedentes no mercado.

O tema foi destaque de uma reportagem no Valor Econômico.

Alguns destaques da reportagem:

• Entre os motivos estariam o aquecimento das águas, devido as mudanças climáticas em todo o mundo e o fenômeno El Niño que ocorreu no país no ano passado.
• A Gomes da Costa, uma das principais indústrias que processam o pescado, já fala em “colapso” do recurso pesqueiro.
• Ivan Fuchter, diretor industrial da Gomes da Costa, diz que esse número se inverteu no último ano e tende a se agravar.
• A empresa, que é líder em sardinhas em conserva no país, pretendia processar 50% do pescado nacional.
• Com a severa escassez é possível que 90% da sardinha venha do exterior.
• O maior volume será importado do Marrocos.
• A previsão da Gomes da Costa é processar 65 mil toneladas em 2017, volume igual a 2016.
• O Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), afirma que a captura de sardinha chega a 10 mil toneladas por mês, mas o volume contado a partir de 15 de fevereiro está em menos de 3 mil toneladas.
• O pesquisador da Univali, Paulo Schwingel afirma que o problema é mais grave do que se pensa, e que o colapso é um fato. Schwingel também criticou o Estado pela não implementação da lei geral da pesca.
• O secretário de Pesca e Aquicultura, do Ministério da Agricultura, Dayvson Franklin de Souza, discorda e afirma que a escassez “se realmente existe”, está atrelada ao clima. Souza afirma também que medidas de ordenamento do recurso para a sardinha existem desde a década de 1970.